A depressão é um transtorno mental bastante comum nos dias de hoje e estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram desta doença. Segundo dados da OMS, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina. Ela também é a principal causa de incapacidade no mundo trazendo prejuízos nos campos pessoal, social e familiar.
Seu principal sintoma é a tristeza persistente por mais de 14 dias e que pode vir acompanhada de outros, como: irritabilidade, perda de interesse ou prazer nas atividades, alterações no sono e apetite, insônia, agitação ou prostração, cansaço, isolamento, sentimentos de inferioridade ou culpa, dificuldade de concentração, queda de libido e pensamentos negativos e até de morte e suicídio. Fique atento se você tem 2 ou mais sintomas.
A causa dessa doença é resultado de uma interação complexa entre fatores sociais, biológicos e psicológicos. Exemplificando um pouco melhor: Nosso cérebro produz substâncias chamados neurotransmissores que controlam inúmeras funções cerebrais e, entre eles, estão a serotonina e a noradrenalina que têm a função de trazer o bem estar, regula nosso humor e é capaz de trazer a sensação de saciedade. Pessoas com depressão têm uma concentração menor dessas substâncias no cérebro. A questão genética também é um fator a ser olhado. O risco de uma pessoa sofrer depressão é três vezes maior se um dos pais teve a doença. Outros gatilhos podem desencadear a depressão, como: o abuso de álcool ou outras drogas, experiências de vida como um divórcio, morte, perda financeira ou de emprego, uso de algumas medicações, mudanças hormonais em mulheres após o parto, entrada na menopausa, em idosos, doenças como câncer, Alzheimer e Parkinson entre outras.
Para falar um pouco mais sobre a depressão é importante atentarmos para o tratamento adequado:
- Seguir o tratamento medicamentoso conforme prescrição médica;
- PsicoTerapia;
- Prática de exercícios físicos como uma caminhada entre 20 e 30 minutos;
- Estabelecer objetivos possíveis: rotina, sono, alimentação balanceada;
- Evitar bebidas alcoólicas e diminuir a ingestão de cafeína;
- Fazer algo que gosta como costurar, assistir um filme, conversar com um amigo, ler, passear, plantar, etc.;
- Evitar tomar decisões importantes.
Aqui também deixo algumas dicas que podem ajudar no processo:
- Reconhecer os sinais o quanto antes pode evitar transtornos maiores;
- Ingerir alguns alimentos que podem melhorar o seu humor e ajudam a combater a doença: castanha do Pará, nozes, amêndoas, leite e iogurte desnatado, melancia, abacate, mamão, banana, tangerina, laranja, maçã, mel, ovo, carne magra, peixe, aveia, centeio, espinafre, brócolis, tomate, alface, soja e chocolate amargo;
- Estabelecer uma higiene do sono: privação do sono reduz funções imunológicas, o organismo fica mais vulnerável prejudicando a memória, o aprendizado e a restauração orgânica.
- Escrever sobre seus sentimentos ajuda a promover melhora no quadro.
Devemos também ter um olhar complementar em relação à depressão: uma pessoa que está passando por essa doença tende a se tornar mais analítica, ou seja, ela volta a refletir sobre si mesma ou sobre o que a rodeia. Ela geralmente pensa intensamente no seu(s) problema(s) e começa a dividir em pequenos pedaços para examinar detalhadamente cada um. É como um pequeno quebra cabeça que a pessoa vai buscando montar e entender o que acontece com ela. Muitas vezes em nossa vida apenas estamos fazendo coisas e não voltamos nossa atenção ao que sentimos ou não expressamos o que precisamos e aí emergem as doenças.
A psicoTerapia é uma ótima oportunidade para cuidar de si mesmo e olhar para espaços internos que, muitas vezes, não conseguimos acessar. Uma das técnicas que utilizo para cuidar da depressão é o Brainspotting que consegue acessar exatamente esses espaços, acolher e resignificar o que for necessário. Acesse e veja o link que lá explico um pouco melhor sobre o que é esta técnica. Leia sobre Brainspotting