Afinal, o que vem a ser o estresse?
O estresse atualmente é classificado como uma síndrome que afeta o homem e consequentemente várias partes do corpo. Ele não reside nem nos fatores genéticos e nem na estrutura psíquica, mas decorre do estilo de vida contemporânea em que vivemos: mudanças profissionais (troca de emprego, demissão, promoção, excesso de trabalho), pressão social, divórcio, nascimento de um filho, morte, doenças físicas, trânsito, barulho. Portanto ele é um fator psicossocial que traz como resultado um adoecimento. Ninguém adoece de um dia para outro. O corpo vai apresentando pequenos sinais de que não está bem, a pessoa vai se acostumando com eles e, quando se dá conta, o adoecimento está instalado.
Sinais:
- Tensão muscular
- Alterações de humor
- Problemas de atenção, concentração e memória
- Sudorese
- Tonturas
- Dores no corpo e na cabeça
- Aumento do ritmo cardíaco
- Respiração acelerada
- Tremores
- Aumento da pressão arterial
- Alteração no sono
- Problemas na pele
- Formigamento
- Mudança no apetite
- Queda de cabelo
O estresse é considerado um fator de risco para o surgimento de diversas doenças, como:
- Depressão
- Ansiedade
- AVC
- Ataque cardíaco
- Hipertensão
- Transtornos alimentares
- Constipação
- Úlceras
- Diabetes
- Distúrbios no ciclo menstrual
- Disfunção erétil
- Síndrome do cólon irritável
- Asma, bronquite
- Problemas e audição, zumbido
- Vitiligo
- Psoríase
Por outro lado, em pequenas doses, o estresse é necessário, benéfico e nos impulsiona a viver. Ele é um mecanismo fisiológico que existe desde os nossos ancestrais, o homem da caverna, que lutava ou fugia diante do perigo. Essa ação é importante para nosso organismo porque faz com que o corpo libere adrenalina. No entanto, o estresse vivido nos dias atuais é bem diferente. O estresse diário inunda nosso corpo com o cortisol, hormônio que desestabiliza o equilíbrio interno podendo desencadear vários processos inflamatórios e doenças.
Importante ressaltar também que estresse está afetando as crianças. Nos dias de hoje elas têm uma agenda tão lotada com atividades quanto um adulto: escola, línguas estrangeiras, esporte, informática, reforço escolar etc. Não sobra tempo para brincar ou não fazer nada no qual é importante para o crescimento e desenvolvimento. A criança quando brinca sente-se feliz e não tem preocupações. Ela vive aquele momento e estão tirando isso delas.
O Brasil tem um dos índices mais altos de estresse: 70% da população brasileira sofrem com essa síndrome. Importante sempre identificar o quanto antes os fatores estressores para administrar, encontrar uma forma de enfrentar e aumentar a resistência diante do estresse.
Deixo aqui como vocês algumas dicas para poder combater ou amenizar o estresse:
- É necessário criar “brechas de prazer” na rotina, em vez de apenas aguardar, ansiosamente, pelas férias anuais.
- Uma pausa é importante para manter o bem estar físico e mental.
- Banhos quentes, exercícios físicos, relaxamento muscular podem ajudar, porém não alteram a fonte de estresse.
- Ter um tempo para não fazer nada “ócio criativo”.
- Distribuição do dia entre atividade profissional, estudo e lazer.
- Atitude positiva diante da vida e bom humor podem fortalecer a defesa e nos proteger contra inflamações. Cultive!
- Convívio com pessoas confiáveis (rede)
- Hábitos alimentares saudáveis
- Capacidade de resiliência (resistência psíquica que propicia a recuperação)
- Escrever sobre o que se sente ou pensa também ajuda a elevar a imunidade.
- Meditação, ioga
- a prática do mindfulness
- Hábito de dormir adequadamente
- Psicoterapia – ressignificar vivências aprendendo a quebrar um ciclo de repetições.
- Ter uma postura flexível diante da vida.
- Encontros com amigos, com a natureza, cuidar do jardim, ouvir música, dançar, ler. O que dê prazer e relaxa.
- Propor-se a mudar determinados hábitos que prejudicam o seu dia a dia.
- Experiências espirituais
- Exercícios respiratórios