6 anos ago · Lia Kaari · 2 comments
Estresse: o vilão da vida moderna
Afinal, o que vem a ser o estresse?
O estresse atualmente é classificado como uma síndrome que afeta o homem e consequentemente várias partes do corpo. Ele não reside nem nos fatores genéticos e nem na estrutura psíquica, mas decorre do estilo de vida contemporânea em que vivemos: mudanças profissionais (troca de emprego, demissão, promoção, excesso de trabalho), pressão social, divórcio, nascimento de um filho, morte,  doenças físicas, trânsito, barulho. Portanto ele é um fator psicossocial que traz como resultado um adoecimento. Ninguém adoece de um dia para outro. O corpo vai apresentando pequenos sinais de que não está bem, a pessoa vai se acostumando com eles e, quando se dá conta, o adoecimento está instalado. 
Sinais:
- Tensão muscular
 - Alterações de humor
 - Problemas de atenção, concentração e memória
 - Sudorese
 - Tonturas
 - Dores no corpo e na cabeça
 - Aumento do ritmo cardíaco
 - Respiração acelerada
 - Tremores
 - Aumento da pressão arterial
 - Alteração no sono
 - Problemas na pele
 - Formigamento
 - Mudança no apetite
 - Queda de cabelo
 
O estresse é considerado um fator de risco para o surgimento de diversas doenças, como:
- Depressão
 - Ansiedade
 - AVC
 - Ataque cardíaco
 - Hipertensão
 - Transtornos alimentares
 - Constipação
 - Úlceras
 - Diabetes
 - Distúrbios no ciclo menstrual
 - Disfunção erétil
 - Síndrome do cólon irritável
 - Asma, bronquite
 - Problemas e audição, zumbido
 - Vitiligo
 - Psoríase
 
Por outro lado, em pequenas doses, o estresse é necessário, benéfico e nos impulsiona a viver. Ele é um mecanismo fisiológico que existe desde os nossos ancestrais, o homem da caverna, que lutava ou fugia diante do perigo. Essa ação é importante para nosso organismo porque faz com que o corpo libere adrenalina. No entanto, o estresse vivido nos dias atuais é bem diferente. O estresse diário inunda nosso corpo com o cortisol, hormônio que desestabiliza o equilíbrio interno podendo desencadear vários processos inflamatórios e doenças. 
Importante ressaltar também que estresse está afetando as crianças. Nos dias de hoje elas têm uma agenda tão lotada com atividades quanto um adulto: escola, línguas estrangeiras, esporte, informática, reforço escolar etc. Não sobra tempo para brincar ou não fazer nada no qual é importante para o crescimento e desenvolvimento. A criança quando brinca sente-se feliz e não tem preocupações. Ela vive aquele momento e estão tirando isso delas. 
O Brasil tem um dos índices mais altos de estresse: 70% da população brasileira sofrem com essa síndrome.  Importante sempre identificar o quanto antes os fatores estressores para administrar, encontrar uma forma de enfrentar e aumentar a resistência diante do estresse.
Deixo aqui como vocês algumas dicas para poder combater ou amenizar o estresse:
- É necessário criar “brechas de prazer” na rotina, em vez de apenas aguardar, ansiosamente, pelas férias anuais.
 - Uma pausa é importante para manter o bem estar físico e mental.
 - Banhos quentes, exercícios físicos, relaxamento muscular podem ajudar, porém não alteram a fonte de estresse.
 - Ter um tempo para não fazer nada “ócio criativo”.
 - Distribuição do dia entre atividade profissional, estudo e lazer.
 - Atitude positiva diante da vida e bom humor podem fortalecer a defesa e nos proteger contra inflamações. Cultive!
 - Convívio com pessoas confiáveis (rede)
 - Hábitos alimentares saudáveis
 - Capacidade de resiliência (resistência psíquica que propicia a recuperação)
 - Escrever sobre o que se sente ou pensa também ajuda a elevar a imunidade.
 - Meditação, ioga
 - a prática do mindfulness
 - Hábito de dormir adequadamente
 - Psicoterapia – ressignificar vivências aprendendo a quebrar um ciclo de repetições.
 - Ter uma postura flexível diante da vida.
 - Encontros com amigos, com a natureza, cuidar do jardim, ouvir música, dançar, ler. O que dê prazer e relaxa.
 - Propor-se a mudar determinados hábitos que prejudicam o seu dia a dia.
 - Experiências espirituais
 - Exercícios respiratórios